sábado, 30 de dezembro de 2017

2017 - Uma visão literária

Segundo o goodreads, em 2017 li 26 livros. Alguns foram calhamaços, outros contos de poucas páginas. Vou fazer uma retrospectiva dos livros que li neste ano:

O melhor: O Herói das Eras  - O fim da saga Mistborn não me desiludiu nem um pouco. (Opinião)

O pior: Em Busca da Ilha Fianchair - Prefiro nem falar mais dele. (Opinião)

Foi bom, mas podia ter sido melhor: Jardins da Lua  - Podia ter sido melhor se eu tivesse percebido melhor o estava a acontecer. (Opinião)

Um livro diferente: Ausente na Primavera - Um livro completamente diferente de tudo o que já li da Agatha Christie. (Opinião)

Uma surpresa agradável: Encantamento - Não esperava muito deste livro, mas gostei muito. (Opinião)

Um livro para pensar: (Por não conseguir escolher entre estes dois, vou falar de ambos:  A Quinta dos Animais - Uma critica muito bem conseguida. (Opinião)  e Sétimo Selo - Para pensarmos nas ações que temos diariamente e que  já estão a mudar o planeta. (Opinião)

Promessa para 2018: Continuar a ler clássicos e apostar em mais sagas de fantasia


sábado, 23 de dezembro de 2017

Opinião: O Natal de Poirot (Agatha Christie)



O Natal do Poirot foi adaptado na série televisiva Agatha Christie's Poirot, sendo o primeiro episódio da sexta temporada. Já vi todos os episódios desta série, e lembrava-me bem deste episódio pois foi um dos meus favoritos. Assim, antes de começar a ler já sabia quem era o criminoso. Mas ler Agatha Christie é bom até quando sabemos quem cometeu o crime. Podemos saborear cada pista que a autora nos dá e observar como o detetive desmascarar o criminoso.

Este crime dá-se na casa de um homem velho que convida os 4 filhos para comemorar o Natal com ele. O velhote humilha os filhos na véspera de Natal e acaba por ser morto nessa noite. A desconfiança gera-se entre a família e o crime parece não fazer sentido. Por sorte Poirot está a passar o Natal naquela zona e consegue montar cada peça de um puzzle que parecia impossível compreender.
Já gostava da adaptação e o livro não desiludiu nem um pouco. Tive sempre vontade de virar a página apesar de saber onde iria dar.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Como escolher um livro para outra pessoa

Chegou a época do Natal e muitos queremos presentear os nossos amigos com livros. Mas ao chegar a uma livraria ou pesquisar em sítios de venda online, deparamo-nos um gigantesca oferta. Há livros para todos os gostos e muitas vezes é  difícil perceber qual o indicado para oferecermos às pessoas que nos são queridas.
Como um dos meus talentos é perceber qual o livro indicado para os outros, vou aqui dar algumas dicas para a escolha de um livro para oferecer:

Hábitos de leitura.

É uma pessoa a ser presenteada lê todos os dias, ou uma daquelas que lê apenas ao fim-de-semana? Talvez algo num meio-termo. 
Para uma pessoa que lê todos os dias, um calhamaço pode ser "despachado" em pouco tempo, mas para além que só lê de vez em quando, um calhamaço pode ficar meses em cima da banca de cabeceira e perder o interesse. 

Os filmes que vê.

O teu amigo está louco para ir ver o novo filme de Star Wars ao cinema? Então ele pode gostar de ler algo de fantasia ou ficção-cientifica. Talvez seja daquelas pessoas que choram no cinema com filmes tocantes. Então um livro romântico pode ser uma opção segura
Normalmente quem gosta de um género de filmes também gosta desse género de livros.

O autor favorito.

Uma opção que vejo muitas pessoas tomarem ao oferecerem uma prenda para um amigo é comprar um livro do autor que ele mais gosta. Por um lado, quase de certeza  que o teu amigo vai gostar do livro, por outro lado, ele pode já ter comprado esse livro ou mais alguém lho oferecer.
Se comprares um livro de um autor que o teu amigo leia  muito certifica-te que ele não o têm, nem faz tensões de comprar.
Uma boa ideia é pesquisar quais são os livros aconselhados para fãs daquele autor.

Filmes/séries que são adaptações e ele gosta.

Há vários livros que eu li após ter visto a adaptação e mesmo sabendo como iria acabar, desfrutei bastante da leitura. Tal como no ponto anterior, aqui corre-se o risco, do nosso amigo já ter o livro, ou então não estar interessado em ler, porque já viu a adaptação. Pesquisar livros para fãs, pode mais uma vez ser uma opção inteligente.

O estado de espírito.

Se o vosso amigo está num estado  de espírito triste, talvez não seja uma boa ideia oferecer-lhe um livro trágico, da mesma forma que não irá achar piada a uma comédia. Talvez uma coisa que o distraia seja o ideal, 

Conhecer bem a pessoa.

Há pessoas que só lêem de vez em quando mas gostam de histórias grandse, então um calhamaço pode ser indicado. Há outras que gostam de experimentar, por isso um livro totalmente diferente do que estão habituados pode ser uma boa experiência.
 Não há nada como focarmos-nos na pessoa de quem gostamos e naquilo que o vai fazer ficar feliz.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Opinião: Aquele Verão na Toscana (Domenica De Rosa)



Sinopse: Todos os anos, Patricia O'Hara abre as portas do seu magnífico castello do século XIII e organiza um curso de escrita criativa na deslumbrante região da Toscana. Mas este ano, algo paira no ar quando os sete aspirantes a escritores se juntam à beira da piscina para trocar mexericos, namoriscar e escrever o livro das suas vidas. Em pouco tempo, Mary, a solteira convicta, descobre os encantos de partilhar uma Vespa; o sedutor Jeremy rende-se a talentos que não apenas os seus e até a pragmática Patricia vai arranjar tempo para uma paixão acidental. Graças a esta mistura explosiva de ego e criatividade, segredos obscuros e visitantes inesperados, uma coisa é certa: nunca se assistiu a um Verão como este. Quando o curso chegar ao fim, as suas vidas terão mudado para sempre. E um deles chegará mesmo a escrever um livro.



Opinião: Antes de mais devo admitir que o que mais me atraiu neste livro foi passar-se numa escola de escrita criativa. Estava à espera de conseguir ali algumas dicas, mas acho que não era bem esse o objetivo da escritora. Apesar disso não deixei de desfrutar da leitura.

Como indica a Sinopse, o livro trata mais dos personagens e dos seus encontros românticos. Algumas das personagens são bem construídas e a narrativa vai alterando entre os seus pontos de vista. Outras são secundárias, mas acabam por amarrar bem as intrigas. De todas as personagens as minhas favoritas foram a velhota Mary e jovem de baixa autoestima Anna. Achei que fosse gostar da Patricia, não só porque tem o mesmo nome que eu como também é do signo virgem, mas  não achei que fosse  minimamente parecida comigo. Consegui-me identificar mais com a Anna.

Após ter escrito sobre os clichés que odeio este livro fez uma coisa que para mim foi muito engraçada e  inteligente: gozou com os seus clichés. O professor de escrita criativa diz aos alunos aquilo que não devem escrever: coincidências, reencontro nos momentos oportunos, etc. E esses clichés  acabam por acontecer, mas não me incomodaram. Acho que se o autor goza com os clichés deixam de ser clichés.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Os 5 piores clichés de sempre

Ao ler muitos livros, nós leitores, começamos a notar que há aspetos que se repetem inúmeras vezes, ao ponto de já ser previsível. De uma maneira geral enfraquecem a história. Apesar de alguns serem clássicos do género e serem exatamente aquilo que os leitores querem que aconteça, como por exemplo: descobrir um cadáver no início de um romance policial.

Irei listar os clichés que mais me incomodam.

1 - O Triângulo amoroso

No meio de livros de fantasia ou ficção-científica, em que  estamos interessados na trama e no universo, mas 90% das páginas consistem na protagonista a pensar qual dos dois rapazes lindo e perfeitos irá escolher.

2 - A Mary Sue

A rapariga feia, pouco importante e com baixa autoestima, que na realidade é linda, poderosa, perfeita e está em todos os livros para adolescente como uma técnica barata para todas as raparigas se identificarem.

3 - As raças de Tolkien

Elfos, Anões e Hobbits são espetaculares na Terra Média, mas dos milhares de sagas de fantasia que usam estas raças apenas estão a repetir um cliché.

4 -  A rapariga frágil que se apaixona por homem forte

Aquela rapariga frágil/sensível/pobre/jovem que se apaixona e é protegida por um homem forte/rico/importante. Não é que em alguns livros não seja bom, mas é algo que se repete em livros românticos.

5 - O criminoso é óbvio

Ao ler um livro policial eu quero ser surpreendida pela identidade do criminoso, concluído que faz sentido, mas não era percetível das primeiras páginas. O que é mais fácil de encontrar é polícias em que o criminoso é alguém que já é descrito como mau ou então não fazer sentido nenhum só para surpreender.