terça-feira, 31 de maio de 2016

Opinião: Menina Rica, Menina Pobre (Joanna Rees)


Quando comecei a ler este livro, estava à espera de um romance ligeiro. Mas encontrei foi uma história dramática, que para além do romance, aborda temas delicados, como a exploração infantil, abusos sexuais, a morte de um familiar próximo, entre outros.

Ao longo das muitas páginas é nos dado a conhecer a vida de duas irmãs, com poucos meses de diferença, que foram separadas em bebés. Uma teve como destino uma família rica nos EUA e a outra um orfanato da Alemanha de Leste. Os capítulos abordam, alternadamente, a vida das duas irmãs, desde crianças até à meia-idade. Relatando as dificuldades das várias fases da vida, como a dificuldade em arranjar amigos na adolescência, a vida de festas e diversão aos 20 e poucos e o excesso de trabalho da casa dos 30.

As duas irmãs revelam personalidade opostas. A Romy (a menina pobre), embora tenha “o mundo contra ela”, por ter sido criada no orfanato, sujeita a violência psicologia e física, consegue sempre lutar. 
Por sua vez, a Thea (a menina rica), que parece que tem o “mundo todo a seu favor” e cresceu com todo o conforto que o dinheiro pode comprar. Mas, por não estar rodeada pelas pessoas certas e por ter sido uma criança mimada, não consegue fazer frente aos problemas. O que faz com que esteja quase sempre infeliz.


Assim, os capítulos mais divertidos e alegres foram os do ponto de vista da menina pobre. Talvez a intenção da autora fosse passar a mensagem que não é o dinheiro nem o poder que trazem a felicidade.

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