Quando comecei a ler este livro, estava à espera de um romance ligeiro.
Mas encontrei foi uma história dramática, que para além do romance, aborda
temas delicados, como a exploração infantil, abusos sexuais, a morte de um
familiar próximo, entre outros.
Ao longo das muitas páginas é nos dado a conhecer a vida de duas irmãs,
com poucos meses de diferença, que foram separadas em bebés. Uma teve como
destino uma família rica nos EUA e a outra um orfanato da Alemanha de Leste. Os
capítulos abordam, alternadamente, a vida das duas irmãs, desde crianças até à
meia-idade. Relatando as dificuldades das várias fases da vida, como a
dificuldade em arranjar amigos na adolescência, a vida de festas e diversão aos
20 e poucos e o excesso de trabalho da casa dos 30.
As duas irmãs revelam personalidade opostas. A Romy (a menina pobre),
embora tenha “o mundo contra ela”, por ter sido criada no orfanato, sujeita a
violência psicologia e física, consegue sempre lutar.
Por sua vez, a Thea (a menina rica), que parece que tem o “mundo todo a
seu favor” e cresceu com todo o conforto que o dinheiro pode comprar. Mas, por
não estar rodeada pelas pessoas certas e por ter sido uma criança mimada, não
consegue fazer frente aos problemas. O que faz com que esteja quase sempre
infeliz.
Assim, os capítulos mais divertidos e alegres foram os do ponto de vista
da menina pobre. Talvez a intenção da autora fosse passar a mensagem que não é
o dinheiro nem o poder que trazem a felicidade.